Ouve-se dizer por aí, em alto e bom tom, que o rap está ganhando a mídia, indo aos canais de tv, virando filmes, documentários, discos... Onde se encaixa o rap carioca nesse quadro??
Hoje podemos contar o filme “Fala Tu”, que participaram os rappers Thogun, Combatente e Macarrão, documentários de rap, hummmm.... A Re.fém e a galera da na Mira Produções fez o “Rap de Saia”, aparecem na tv para falar de rap/hip hop... hummmm... MV Bill?..., lançam discos de rap... hummmmm... Marcelo D2, Gabriel o Pensador e MV Bill...
Em 2003 a Revista Rap Brasil fez uma matéria com 39 (trinta e nove) grupos de rap do Rio de Janeiro, e acredita-se que não entrevistaram todos os grupos da época, hoje temos, com certeza, mais de 100 grupos no estado, de todas as regiões, adivinhem quantos lançam discos, fazem filme, aparecem na TV ou mesmo fazem uma apresentação por mês??
Ainda hoje contamos nos dedos de uma de nossas mãos as pessoas que ganharam a mídia convencional, mesmo que por um curto período de tempo, e os outros “artistas da periferia” ainda continuam em sua árdua luta, aos trancos e barrancos tentando se organizar da melhor forma possível, ou dá forma que dá.
De 2003 pra cá, muita gente desistiu por causa das dificuldades encontradas, jovens com um potencial monstruoso não conseguiram sequer colocar um CD na rua e alguns que conseguiram, não o conseguiram distribuí-lo, mas mesmo assim cada vez mais jovens ingressam na difícil batalha de se cantar rap no Rio de Janeiro.
Enquanto isso a cultura é abduzida por empresários maliciosos que usam de má fé para ganhar dinheiro com o rap, ofuscando a arte diversificada criada por MCs do Rio de Janeiro.
O que se precisa ter no Rio de Janeiro para fazer com que o rap carioca dê lucro? Será que uma rádio que tenha um programa diário de rap adiantaria? Será que mais eventos pagos? Será que mais produtos (CD/DVD)? Será que mais oficinas de rap?
Tudo isso junto, de forma organizada e democrática!!
Uma rádio democrática, que dê espaço a todos, para formar mais público de rap, para dar devido “o valor” aos grupos de rap carioca.
Hoje, por falta de acesso às mídias convencionais para expor os seus trabalhos, os grupos de rap espalhados por todo o Rio de Janeiro utilizam sites como o MySpace e Youtube para distribuir suas obras e se fazerem conhecidos, tornando-se verdadeiras agulhas em palheiros.
Porém hoje, se houver um pouco mais de reflexão, poderemos ver que existem outras “diversas” formas de se ir de encontro a sustentabilidade.
Desde o momento que um grupo disponibiliza sua música no Myspace, ou em qualquer outro site, para download gratuito, automaticamente e indiretamente o autor está dizendo que qualquer um pode obter a obra sem pagar por ela, porém não se abre mão do direito autoral, (que são direitos inalienáveis, isto é, não se pode abrir mão deles), pois espera-se que centenas ou milhares de pessoas baixem os arquivos, ouçam e passem para seus amigos, parentes ou qualquer outra pessoa que se interesse, o autor deseja apenas que sua obra seja conhecida em diversos cantos do Brasil e do mundo se possível.
É hora de se pensar no que se tem na mão, é hora de olhar ao redor, fazer uma releitura de mundo, veja os camelôs, seria ilegal o camelô vender um disco com uma ou duas músicas do seu grupo, que ele encontrou na internet, disponível para download no Portal Enraizados, por exemplo??
A resposta é sim, seria!!!
Mas existem formas legais de permitir que o camelô comercialize sua obra, por exemplo, existem varias modalidades de licencas creative commons e que o autor pode escolher a que lhe melhor convier, inclusive permitindo a cópia e apropriacao do direito patrimonial, como é o caso do DVD/CD do Sexto Encontrão Ao Vivo, que o Movimento Enraizados acabou de lançar.
Mas se você é daqueles que está esperando a EMI bater na sua porta????
Boa sorte!!!
Hoje podemos contar o filme “Fala Tu”, que participaram os rappers Thogun, Combatente e Macarrão, documentários de rap, hummmm.... A Re.fém e a galera da na Mira Produções fez o “Rap de Saia”, aparecem na tv para falar de rap/hip hop... hummmm... MV Bill?..., lançam discos de rap... hummmmm... Marcelo D2, Gabriel o Pensador e MV Bill...
Em 2003 a Revista Rap Brasil fez uma matéria com 39 (trinta e nove) grupos de rap do Rio de Janeiro, e acredita-se que não entrevistaram todos os grupos da época, hoje temos, com certeza, mais de 100 grupos no estado, de todas as regiões, adivinhem quantos lançam discos, fazem filme, aparecem na TV ou mesmo fazem uma apresentação por mês??
Ainda hoje contamos nos dedos de uma de nossas mãos as pessoas que ganharam a mídia convencional, mesmo que por um curto período de tempo, e os outros “artistas da periferia” ainda continuam em sua árdua luta, aos trancos e barrancos tentando se organizar da melhor forma possível, ou dá forma que dá.
De 2003 pra cá, muita gente desistiu por causa das dificuldades encontradas, jovens com um potencial monstruoso não conseguiram sequer colocar um CD na rua e alguns que conseguiram, não o conseguiram distribuí-lo, mas mesmo assim cada vez mais jovens ingressam na difícil batalha de se cantar rap no Rio de Janeiro.
Enquanto isso a cultura é abduzida por empresários maliciosos que usam de má fé para ganhar dinheiro com o rap, ofuscando a arte diversificada criada por MCs do Rio de Janeiro.
O que se precisa ter no Rio de Janeiro para fazer com que o rap carioca dê lucro? Será que uma rádio que tenha um programa diário de rap adiantaria? Será que mais eventos pagos? Será que mais produtos (CD/DVD)? Será que mais oficinas de rap?
Tudo isso junto, de forma organizada e democrática!!
Uma rádio democrática, que dê espaço a todos, para formar mais público de rap, para dar devido “o valor” aos grupos de rap carioca.
Hoje, por falta de acesso às mídias convencionais para expor os seus trabalhos, os grupos de rap espalhados por todo o Rio de Janeiro utilizam sites como o MySpace e Youtube para distribuir suas obras e se fazerem conhecidos, tornando-se verdadeiras agulhas em palheiros.
Porém hoje, se houver um pouco mais de reflexão, poderemos ver que existem outras “diversas” formas de se ir de encontro a sustentabilidade.
Desde o momento que um grupo disponibiliza sua música no Myspace, ou em qualquer outro site, para download gratuito, automaticamente e indiretamente o autor está dizendo que qualquer um pode obter a obra sem pagar por ela, porém não se abre mão do direito autoral, (que são direitos inalienáveis, isto é, não se pode abrir mão deles), pois espera-se que centenas ou milhares de pessoas baixem os arquivos, ouçam e passem para seus amigos, parentes ou qualquer outra pessoa que se interesse, o autor deseja apenas que sua obra seja conhecida em diversos cantos do Brasil e do mundo se possível.
É hora de se pensar no que se tem na mão, é hora de olhar ao redor, fazer uma releitura de mundo, veja os camelôs, seria ilegal o camelô vender um disco com uma ou duas músicas do seu grupo, que ele encontrou na internet, disponível para download no Portal Enraizados, por exemplo??
A resposta é sim, seria!!!
Mas existem formas legais de permitir que o camelô comercialize sua obra, por exemplo, existem varias modalidades de licencas creative commons e que o autor pode escolher a que lhe melhor convier, inclusive permitindo a cópia e apropriacao do direito patrimonial, como é o caso do DVD/CD do Sexto Encontrão Ao Vivo, que o Movimento Enraizados acabou de lançar.
Mas se você é daqueles que está esperando a EMI bater na sua porta????
Boa sorte!!!